Divulgação de informações confidenciais, sem um objetivo claro, com muita rebeldia e inconsequência adolescente. É o que dá pra dizer da papagaiada que o Julian Assange aprontou ao divulgar comunicados repassados por embaixadas americanas para Washington.
O governo sendo uma instituição, assim como uma empresa, precisa ter direito ao sigilo de suas comunicações e tem o dever de se manter informado de tudo que ocorre ao seu redor para elaborar estratégias e modos de governo. Sem informação não se faz nada no cenário político atual.
A premissa da "liberdade de informação" é inútil nesse caso, pois essas informações não atingem diretamente o modo de vida da população nem influenciam, negativa ou positivamente, na consciência popular. Tudo que se pode conseguir com a divulgação desse conteúdo é a instalação de uma eventual crise diplomática internacional ou, no mínimo, instabilidade nas relações entre países que, tradicionalmente, tinham bom relacionamento.
Falta empatia às pessoas que defendem Julian Assange, pois se esse mesmo engraçadinho resolvesse invadir os seus e-mails pessoais e publicar a troca de mensagens com a amante, os balancetes de sua fábrica, as estratégias comerciais de sua empresa, as suas mensagens particulares de modo geral, você sentiria que sua privacidade foi invadida, não?!
Eu acredito que deveria haver algum tipo de pena pra qualquer modo de invasão de privacidade digital, para que este homem fosse punido pelo que fez e não que tivessem de inventar um estupro pra poderem prendê-lo, o que eu também acho incorreto, pois o fato de querer prender alguém não significa que se deva fazê-lo a qualquer preço, e que se ele cometeu algo que fere o direito público, mas que ainda não há previsão legislativa de punição a essa falta, deve-se repensar a legislação, incluindo esse cenário virtual como meio de prática criminosa, admitindo-se o dolo e a gravidade dos fatos, prevendo sanções legais condizentes com o crime praticado e de forma justa.
