sábado, 29 de janeiro de 2011

Férias

Háááá porra!!! De férias...

Nada como tirar uns dias pra descansar a cabeça e o velho corpo cansado.
Agora vou deitar porque, sabe como é, de férias não se tem muito o que fazer...

Abraços!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Tragédias no Rio

As notícias não param de chegar: mortes, destruição, lama, água e mais água. Os jornais noticiam a "Fúria da natureza" ao redor de todo o mundo. O pânico e o caos tomam conta das ruas do RJ.

É triste analisar uma situação dessas, pois sempre vamos perceber que a culpa de tudo isso é somente das pessoas, a natureza nada ou muito pouco tem a ver com isso. O que ocorre nas encostas de morros com grandes quantidades de chuva hoje, é a mesma coisa que acontece desde o início do mundo, deslizamentos e movimentação de terra tem moldado a superfície da terra desde que o mundo é mundo, o que mudou foi a quantidade e intensidade de chuvas em algumas áreas, mais uma vez por culpa do homem, que provocou o aquecimento global, o desmatamento da amazonia, aumentando a temperatura e fazendo com que o sistema de chuvas fique alterado e as nuvens carregadas não chovem mais sobre a amazônia, chovem agora sobre o RJ, sobre SP.

Estaria tudo bem, se as pessoas não habitassem zonas de risco, como encostas de morros, que já não tem mais a vegetação densa que auxilia na contenção de deslizamentos de terra, ou então se as pessoas ouvissem as autoridades e abandonassem suas casas que se encontram nessas áreas. Por ignorância as pessoas acreditam que devem arriscar suas vidas para proteger um fogão, uma geladeira e uma televisão, coisas que, talvez não com muita facilidade, poderiam ser re-adquiridas, se estas pessoas pensassem em proteger as suas vidas em primeiro lugar.

Os governos também tem sua parcela de culpa, pois preferem agir depois que as coisas acontecem, pois obras de prevenção geram transtornos, exigem desapropriações de terrenos, não dão visibilidade, o que é péssimo do ponto de vista político, apesar de ser 10 vezes mais barato do que a recuperação do prejuízo causado, ou melhor, do que a amenização, pois as vidas perdidas não poderão ser recuperadas. Esses investimentos criam "heróis" políticos, pois o prefeito tal liberou 40 milhões para os resgates, o governador fulano liberou 150 milhões para a reconstrução de casas, o presidente X liberou 1 bilhão pra reconstrução, moradia provisória, colocou o Exército para trabalhar na região, mas o prefeito, se tivesse gasto 20 milhões em obras e realocação de famílias, seria o maior herói de todos, só que permaneceria anônimo.

Temos que, antes de tudo, rever nossos princípios, lamentar a morte dos que se foram, apoiar com o que for possível aqueles que estão lá, arriscando suas vidas para salvar vidas ou pelo menos garantir o direito das famílias de enterrarem seus mortos e, em seguida, cobrar investimento público na prevenção de tragédias como essas que ocorrem no Rio de Janeiro e também em São Paulo.

Talvez entendam meu texto como crítica àqueles que estão sofrendo, mas não é essa a intenção, eu apenas gostaria de mostrar meu entendimento, que é o de que tudo poderia ser evitado pelo povo e agora não é mais o momento de culpar ou criticar. Gostaria também de deixar aqui meu profundo pesar e tristeza com essa enorme perda de vidas e meu desejo de que Deus dê forças às famílias que precisam reconstruir suas vidas.

Fica também meu pedido para que aqueles que puderem, de qualquer forma, ofereçam ajuda a essas pessoas, que estão precisando de todo o apoio possível.